sexta-feira, 30 de março de 2012

Purnima Maldita-Conto By Alex(Amigosdhomer)

Noite de Lua Cheia em Etimbé do SUL.
Na cidade, já ocorriam rumores de uma Besta que causava pânico e mortes na região.
De um tempo pra cá,a cidade nunca mais foi a mesma,sempre se tinha notícias de mortes e restos deixados por esse ser desconhecido.
Essa noite não seria diferente.
Para a pequena Etimbé do SUl ,seria outro pesadelo noturno,cidade que no último censo constava apenas dois mil e quinhentos habitantes.
Sofria da ausência de ajuda e solidariedade.

Ninguém chegara a um consentimento sobre o autor de feitos horrendos!!
E com a falta de autoridades preparadas,ficava ruim para os moradores sanarem os seus problemas.
Lauã que era morador a três anos,estava muito preocupado com essa situação.Tinha sido pai a dois meses ,apenas!!
Já sofria com medo de sua prole enfrentar as armadilhas do mundo,agora teria que sofrer também com esse perigo recorrente em sua pequena cidade.

Cada vez que vê seu filho no colo de sua mulher,pensa apenas na proteção de ambos.
Se alguém ou algo chegasse perto deles,morreria por eles.
Mas ,famílias nas condições deles,tinha mais duas mil e poucos.
Não podiam ir embora, por dependerem de suas terras e criações agrícolas.
Kaiane beija seu marido e põe no colo do novato pai,seu filho..Está na hora de ela ir trabalhar,é plantonista em um pequeno posto perto da estrada...Estrada que passa perto da pequena cidade e é movimentada à noite.

Kaiane trabalha com mais três pessoas à noite.Se houver uma acidente na Rodovia movimentada,é pra lá que vão ser encaminhados.
Lauã escuta de sua mulher,para não sairem a noite pelos perigos falados na rádio.
Ela mesma ,tem medo de ficar em uma rodovia escura a noite.Lá no posto é iluminado e amplo,mesmo para a localidade da cidade,mas só tem mais três mulheres com ela lá.

Os homens que lá trabalham,são mais dois.Um motorista de ambulância e um Médico idoso que só trabalhava para ajudar a comunidade de sua cidade.
A Maioria da cidade era de idosos.
Mas depois de todos seguirem as suas rotinas noturnas,Lauã já está dormindo em frente a tv com seu filho de cinco meses, Mariano.Ambos no sofá da sala.
Lauã acorda para fumar um cigarro na frente da casa,parara de fumar a um ano,mas essa madrugada,que segundo o relógio são três da manhã,fumaria um cigarro por uma angústia desconhecida.
Do qual vem não se sabe de onde.Levanta do sofá cuidadosamente,cobre seu filho e desliga a tv.Pega seus cigarros embaixo de uma porta da estante,e vai em direção à porta.


Depois de chegar a frente de sua casa,em uma rua que era deserta e de terra, pouco iluminada a noite,tenta acender seu cigarro com os fósforos que pegara no pote da porta embaixo da estante,junto com o maço de cigarro.
Tenta acender ,mas a ventania da noite não o deixa,deixa não...,não permite a ação do fogo no papel.
Pela terceira tentativa ao receber uma trégua do vento,antes de pôr fogo no cigarro,bem na sua hora desejada ,depois de um ano,ele ouve um grito estridente.

Grito sem direção aparente,não se sabe da onde esse apelo vem.
Me ajudem,era o que ouvira naquele momento quase íntimo com o tabaco.
Lauã que jogou o cigarro no chão,não sabe se vai mais adiante da rua de sua casa ou se volta para dentro junto de seu filho.
Seu coração acelerou nesse momento,naquela indicisão de se vai ou se fica.
Enquanto ainda estava pensando,ouviu outro grito.
Corre para dentro e tranca a porta.Agora ouviu mais cinco tiros.

Agachado na janela da sala,olhando para seu filho, e um buraco da janela para tentar enxergar algo ,não sabe o que fazer.
Resolve ligar no celular da sua esposa,Kaiane,para ver se ela sabe de alguma coisa sobre os tiros...Afinal sua esposa não estava longe dali,o posto de saúde ficava perto da casa deles.
Segunda tentativa de ligar,o telefone ainda dá sinal de desligado.
Resolve levar seu filho para o quarto e pegar uma arma antiga que tinha em casa.


Lauã só podia contar com si e sua arma velha,pois vizinhos não tinha em sua rua.
Cuidadosamente abre a porta da sala,a arma,sua espingarda,está em suas mãos!!
Se movimentando como um policial de filmes assistidos por ele,anda até a frente de sua casa,com uma bermuda e uma camisa velha,está calçando um tênis que colocou depois de deixar seu filho no quarto,anda até aonde termina a sua calçada de grama.
Mais um pouco e vai pisar na rua,aonde era de terra,mas ele não chega a pisar no começo dela.

Quando olha para a sua esquerda, vê um animal enorme vindo sem sua direção...
Um lobisomem sujo de sangue e feroz ao ve-lo..
Tenta disparar sua arma,mas como nunca havia atirado na vida,sua arma também era para espantar o sujeito de sua imaginação,fecha os olhos!!
Enquanto ainda mal começava a sua oração,um outro lobisomem atinge o primeiro que iria matar Lauã.
Os dois lobisomens brigam a dentadas e gritos,Lauã corre para dentro de sua casa.
Do buraco da janela de sua casa vê os dois ainda brigando com golpes mortais.

Um lobisomem ganha...Destroça e arrasta o outro que perdeu a luta.Um arrastar de se puxar a presa pela boca.
Amanhece e Lauã ainda está na janela olhando pelo buraco dela.
Sua mulher chega,fecha a porta e vê seu marido agachado embaixo da janela.
Ela larga as chaves e vai em direção e ele.

diz;
-Na próxima vez que eu falar para você ficar dentro de casa,me escute...
-E não fume novamente,isso ainda vai te matar algum dia.





Alex(Amigosdhomer)
direito do conto pertence a mim.








Purnima=Lua cheia em Indiano

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